domingo, 30 de dezembro de 2012

Aprendi no Réveillon

Engraçado que um ano que tinha tudo pra dar errado, foi incrível. Tudo deu maravilhosamente certo, inclusive as coisas que deram errado. Tudo no fim das contas se encaixa, e vai se encaixando. Assim foi com meu último réveillon.

Na passagem de 2011 pra 2012, eu tive um dos maiores momentos de raiva da minha vida: tinha ficado em São Paulo e, por idiotice minha (ter dado ouvidos a uma pessoa que não merece) acabei não saindo com meu primo que estava passando uns dias comigo na capital paulista. Eu ia pro D-Edge simplesmente dançar horrores, tomar umas e outras e sair feliz e satisfeita com o ano que entraria.

Aconteceu que eu fiquei sozinha em casa, dentro de um quarto, morrendo de chorar de ódio, tristeza e tudo mais. Foi terrivelmente ridículo da minha parte ter me submetido a isso, mas tudo sempre tem um lado bom. Repensei a vida, a importância que eu dava a pessoas e coisas, meus planos, amizades e tudo mais. Refleti bastante sobre o ano que passou e ao pensar no ano novo, decidi não pensar em nada. Nem usei cores, nem formas, nenhum tipo de mandinga. Simplesmente não quis atrair NADA, nem ninguém. Quis suspender todo tipo de expectativa, após tanta decepção logo no começo de um novo ciclo.

O resultado disso foi um ano maravilhoso, cuja palavra que define é REALIZAÇÃO. Claro que não estou plenamente satisfeita com tudo ("Don't you know that only fools are satisfied?!"), mas sem dúvidas agradecida com o que Deus me deu. E Ele sempre me dá mais do que eu peço. É impressionante...

Consegui me tornar uma pessoa melhor (mas tá faltando é chão!!!), consegui pôr em prática algumas coisas profissionais, resolver pendengas pessoais, conquistar minhas coisinhas. Esse ano me senti como se tivesse 18: tirei carteira de motorista, de trabalho, fiz minha tatuagem... Outra benção de 2012 foi meu sobrinho lindo, gordo, coradim, e com saúde! E pra aumentar minha felicidade, ele é apaixonado por mim! E toda a família (o miolinho) está bem, alegre e tocando a vida.

Então, nesse réveillon simplesmente vou agradecer o ano bom, minha família unida e com saúde, meus projetos já encaminhados de 2013 e pedir a Deus que ele me dê o que eu mereça, e também que me dê coragem para que eu faça por merecer cada projeto dele pra mim. :) 


HAPPY NEW YEAR!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Quentura monstra


Hoje fez mais de 36°C em Sampa, inclusive sendo a quarta maior temperatura registrada na capital. Acabei de tomar um banho gelado (coisa que não faço desde o tempo do bumba) e parei pra pensar sobre o principal assunto da cidade: o tempo.

É fato que aqui quando está frio, queremos calor, e vice-versa. Nessas horas me sinto paulistana, ainda que eu prefira a quentura por estar um pouco mais acostumada/adaptada. Para quem nunca veio por aqui, esta metrópole doida muitas vezes vivencia em um só dia as quatro estações. Imprevisível! E, por mais que isso seja algo corriqueiro, temperaturas "extremas" como a de hoje deixam todos em pânico e xingando muito no Twitter.

Me veio à mente agora que essas mudanças repentinas e trolladeiras de tempo sejam apenas São Paulo (o santo), querendo agradar a todos os insatisfeitos aqui. Imaginem só a situação do cara: metade da população de 11 milhões quer sol, e a outra metade quer chuva. Muito mais fácil ele mandar um Whatsapp pra São Pedro, colegage dele de céu, e combinar essas alterações malucas por aqui pra que todos se calem e parem de usar seu nome em vão. Isso que dá ter nome de santo: qualquer reclamação vira prece!

Acho engraçado que eu sou sempre frescada porque Teresina é referência certa quando falamos no assunto. "Quase sanegalês!", disse essa semana meu colega de trabalho Daniel. Mas olha, vou falar que esse calor de Sampahell é pior que o do Piauí porque pelo menos lá meu quarto e todos os lugares que vou têm ar condicionado pra refrescar, enquanto aqui eu durmo e acordo suando.

Pra provocar a reflexão de vocês, repito uma frase que soube ter sido dita por uma carioca que visitava meu estado piauiense: "Foi o lugar onde eu mais passei frio!". Concordo.


domingo, 21 de outubro de 2012

"Ah, se eu fosse homem...."

Engraçado como tem horas na vida que a gente tem que usar uma penseira tipo a do Dumbledore (olá, potterheads!) pra resolver nossas pendências pessoais. Isso me aconteceu recentemente e agora estou começando a me recuperar do baque.

Algumas situações a gente tem duas saídas igualmente ruins que devem ser colocadas numa balança imaginária. Qual vai ser menos pior? Qual vai machucar menos a gente? E olha que para uma coisa chegar a esse ponto a gente já tem empurrado com a barriga e com o coração por um bom tempo. Precisa ter um desespero muito grande pra que a gente tenha vontade de sair correndo da gente mesmo e deixar os problemas lá, sair de fininho. Precisa ter uma agonia gigante para deixar o que se ama pra ficar só e jogar fora todo o sentimento junto atrelado.

Aliás, eu queria muito ter feito isso. Saído dessa situação sem machucar ninguém, sem que houvesse qualquer tipo de dor, drama, choro, aperto no peito. Eu toparia sofrer sozinha, isolada, poupando todo mundo. Também devo frisar que estou realmente disposta a me isolar de tudo por um bom tempo. Apaguei facebook, visito cada vez menos o twitter e me agarro às coisas reais com mais força que antes. E tem sido maravilhoso.

E é engraçado o quão cruel está sendo meu coração agora. Ele está internamente brigando com meu cérebro, sofrendo e fazendo sofrer. Minha mente está em paz, com toda a sua certeza de que fez a coisa certa, ao mesmíssimo tempo que o meu peito se aperta e se contorce de dor. Porque, no fim das contas, a decisões sempre são assim: racional versus sentimento. A mente venceu dessa vez.

Isso me lembra a música da minha nova banda preferida, Ultraje a Rigor, que diz "ahh se eu fosse homem de ouvir meu coração e dar vazão não à razão, mas à vontade de mudar a situação e me arriscar, me machucar, mas mandar tudo pro ar...". Foi meio isso que eu fiz. Ouvi a razão, mas mudei a situação que eu tava, me machucando pra caramba, mas achando que fiz o melhor pra mim. Mas isso são cenas dos próximos capítulos do meu drama particular. Boa sorte pra nós!

domingo, 7 de outubro de 2012

O refúgio


Há muito tempo que não escrevo aqui. Não por falta de angústias a serem compartilhadas aqui neste blog, mas simplesmente pela falta de tempo, de saco e mais foco em solucioná-las de uma vez por todas.

Após sair do meu antigo estágio fixo, tive dois freelas legals para ocupar o tempo, sem pegar nada que fosse comprometer minhas férias. Eu precisava de TEMPO PARA MIM e principalmente dar um tempo de São Paulo. Fui chamada de louca e de esperta por essa decisão, e tenho certeza que tenho um pouco dos dois. Doida porque é uma decisão muito difícil de se tomar quando SP oferece tantas oportunidades legais de estagiar. Doida por deixar de ganhar dinheiro, conhecimento e experiência por uma simples viagem. Esperta porque eu consegui ler no fundo da minha alma o que eu realmente precisava e fiz o que pude para saciar isso. Esperta porque com isso aprendi muito mais sobre mim e sobre minhas perspectivas daqui pra frente.

Em Teresina pude curtir muito meus amigos, minha família e conhecer pessoas novas por lá. Todo dia uma folia, uma saída para falar besteira e relembrar coisas boas que deixei em terras mafrenses. São a razão da minha saudade e, logo, da minha tristeza, por isso me apeguei bastante a isso. Também curti muito a barrigona da minha cunhada, que estava grávida do meu primeiro sobrinho e eu estava saltitante e tentando (sem sucesso) ser escolhida para ser madrinha. Mas tudo bem, eu superarei...

Mas o ponto chave do meu período sabático foi a minha viagem a Barra Grande. Eu PRECISAVA de mar, de vento, de outra rotina fora da cidade e do concreto. Nada mais oportuno que ir a um lugar com internet, celular e luxos precários. Eu precisava! Fui com minha SF BFF Lorena, que foi uma ótima companhia para "touch the terror" em BG. Passamos uma semana rindo, tomando sol & caipirinhas na beira de um mar lindo. Fizemos stand up e pegamos carona nos kites. Fizemos amigos queridos, víamos as estrelas todas as noites ao som do mar e de reggae. Foi muito divertido e pude meditar sem precisar me isolar de alguém que eu adoro.

Após a semana maravilhosa, voltei para Teresina 1000kg mais leve. Mas tinha sido pouco. Precisava voltar. Na primeira oportunidade me mandei de novo para ficar mais perto daquele paraíso. Mais cinco dias, dessa vez com a família. Fiz mais novos amigos, reencontrei outros, bebi mais caipirinhas e peguei mais sol, Tudo o que eu precisava para zerar as férias.

Sinceramente, eu tive as melhores férias da minha vida e, também, um dos melhores momentos da minha existência.

Poucas oportunidades eu tive para confrontar minha realidade, o hoje, o minuto, com o meu futuro daqui cinco ou dez anos. Consegui vislumbrar os esforços que eu precisava fazer e da onde eu deveria tirar energia. Então, consegui ver o grande talismã que eu tenho dentro do meu peito. Um coração enorme recheado de pessoas importantes, legais, amáveis, queridas. Percebi minhas qualidades incríveis que adquiri com a vivência e também os defeitos que me impedem de crescer ainda mais. Consegui juntar tudo numa bola de luz que hoje habita meu corpo junto com a minha alma, e é nisso que me apego sempre que pareço ficar triste, ou tentar desistir de tudo e voltar pro lado fácil de tudo.

Por isso Barra Grande teve um papel tão incrível na minha vida, e ainda tem. Quero voltar lá sempre para recarregar a energia linda da minha bola de luz. Enquanto isso, mantenho sua força com fotos e lembranças dos dias de praia que eu tive. Agradeço a Deus por deixar meu lado louca e meu lado esperta se unirem e realizarem coisas tão perfeitas. Era exatamente disso que eu precisava. <3 font="font">

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Das coisas de SP: homem metido a garanhão


O homem em São Paulo dá em cima de todas as mulheres que passam  na rua. Quando eu digo todas, é sem exagero: todos os esteriótipos são contemplados com cantadas dos machos. Eu estou incluída no gênero, e logo sou vítima de tal ato.

Me considero atingida negativamente por não concordar com o abuso que é um homem ficar dando em cima sempre. Podem falar que eu sentiria falta se ninguém olhasse para mim na rua, porque eu realmente não me importo. Minha reação pode vir da herança comportamental que adquiri em Teresina, o habitat natural da espécie Homo piauiensis, que sua principal característica de acasalamento é não cortejar a fêmea em hipótese alguma, salvo raríssimas exceções. Por isso, sempre estranho quando um desconhecido me encara na rua, ou assobia, ou manifesta seus "elogios".

É desse jeito que acontece o ataque: da pior maneira possível. Já presenciei diversas delas, tanto sendo vítima ou vendo outras colegas serem cortejadas. Uma vez, cruzando a rua perto de casa para ir comer, um cara que já me avistava da outra calçada, falou baixinho ao passar por mim. "Gostosa", de uma forma tão ligeira que me fez demorar uns cinco segundos para decodificar o que raios ele tinha falado. Outra vez, um velho (o pior de todos os tipos), me viu passar e falou "nossa, assim você me mata!". E outra, um daqueles manos de boné, corrente e Nike falso nos pés soltou um "aí simmmm, heinnnn!" quando eu já estava de costas pra ele, encarando meu derrière e me deixando louca de ódio. 

Também há os que verbalizam esse tesão por estranhas aleatórias na rua apenas quando estas não podem ouvir, por estarem com os ouvidos ocupados por fones; ou os que apenas as esperam passar, localizados em pontos estratégicos como a esquina do metrô. "Dá para ficar apenas sentado e olhando os bundões e bundinhas das 'mina' que 'passa' aqui", devem pensar. Muitos perdem tempo nessa coisa, como o taxista malandro perto de casa. Outros, não menos piores, tentam ser educados dando "bom dia" para as transeuntes, porém exalando sextas intenções. Educação para com a presa me soa uma falta de vergonha na cara incrível.

Não sei o que passa na cabeça desses idiotas, como se uma mulher (com bom senso) fosse dar trela para essas merdas que eles falam. Nem piriguete dá mole! Cantada da pior qualidade, sem hora, nem lugar. Às vezes, quando tô de saco cheio, solto um "respeito é bom e eu gosto", ou "cala a boca se tem amor à vida", mas às vezes também me bate um medo de revidar, de tanto ver um monte de mulher ser assassinada por revidar uma ofensa do tipo, por se incomodar.

Essa ação é considerada estupro, coisa que descobri com toda a polêmica do Daniel com a Monique no BBB (tá vendo? Serve para alguma coisa...). O ato de estuprar uma mulher não envolve só a materialização do ato, inclui também palavras, atitudes carniceiras como essas. E realmente, me sinto extremamente ofendida quando isso acontece.

Não sou um pedaço de carne para me olharem salivando e lambendo os beiços, nem meu ouvido é penico para ouvir gente sibilando coisas sem noção. Pelo fim dessa cultura machista de ver a mulher como um bife desfilante no meio da rua! Um basta ao estupro cotidiano da mulher em São Paulo!
Vai cantar a Gaga, vai...

domingo, 1 de abril de 2012

O mês mais eterno de todos


Nunca tinha atentado para março. Um mês comum, daqueles que têm 31 dias. Às vezes, é Páscoa, outras é apenas o mês que antecede o feriado. É a volta às aulas, e muitas vezes, o começo do ano. Mas em especial, março de 2012 será, eternamente, o pior mês de toda minha vida.

Será lembrado porque foi o que mais demorou a passar... e olha que depois dos meus 15 anos, o tempo parece correr e nem me esperar! Mas março não. Não este... Talvez tenha demorado porque foi pós-Carnaval, após um mês mais curto. Epa! Não devia ter sido mais demorado que os anos anteriores: houve 29 dias no mês. Por causa de um não deveria ter feito tanta diferença.

Então, acho que o marco principal foi a quantidade de angústia para um mês só, apenas tive mais tempo para ficar me sufocando com tantos problemas e coisas para fazer. Alguns não cabe falar nesse blog, que agora meço minhas palavras ao colocar meus pensamentos aqui. Outros, já são velhos conhecidos dos meus dois ou três leitores do Siribolo. São as mesmas feridas que, ao começarem a sarar, os dedos malinas cutucam para tirar a casquinha, achando que já está curado. Jorra sangue das minhas preocupações, e ainda deixam marcas eternas, iguais àquelas que a gente ganha na infância, após teimar a mãe. A diferença é que o teimoso e o benfeitor são uma só pessoa.

Então, se essas feridas são eternas, março será eterno não pela quantidade de angústia ou de tempo disponível para meu deleite byroniano... e sim pelo aprendizado. A Teresa profissional cresceu, abriu o olho, sofreu, mas criou casquinha. Aliás, uma casca bem grossa. E assim vai engrossando uma a uma, após cada patada. A Teresa como pessoa vislumbrou a fase adulta de supetão, de repente, e teve 31 dias para se adaptar ao novo corpo e, pior, aos novos sentimentos. A cabeça expandiu que doeu. E como doeu... Porém hoje, dia primeiro, digo: pode vir abril que estou fortalecida. E não é mentira.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Já pode surtar?!

Estou pirando loucamente (pleonasmo intencional) com minha iniciação científica. O prazo tá curto, o trabalho tá grande e o mês de março tá cheio de coisa legal pra fazer.

O cão atenta: diversas exposições legais, como a da Marilyn Monroe; o Restaurant Week, seguido pelo Boteco Week, saidinhas com o pessoal do trabalho, vontade de entrar pro grupo de corrida... e eu sem poder fazer essas coisas.

Se eu pudesse dar uma dica para quem está começando na faculdade é: NÃO FAÇA INICIAÇÃO CIENTÍFÍCA, salvo alguns casos. Só é realmente importante para quem quer seguir carreira acadêmica. Dá trabalho, é chato, o professor não orienta direito e o dinheiro da bolsa nem é tanto assim.

Mas espero realmente que meu trabalho dê resultados no meu currículo e que no futuro, as noites mal dormidas desse período virem uma grande vida em festa.

De resto, estou tendo aulas de francês na faculdade e querendo muito entrar no curso de línguas fora de lá. Preciso falar francês avec tout le monde! HAHAHAH saudades da Wizard. Devia ter emendado logo o francês após o inglês, mas acho que realmente eu não teria tempo de estudar pro vestibular e estar aqui hoje. Terminei o english exatamente antes de começar a maratona do terceiro ano e foi muito bom por isso. Acho que a Wizard daqui não é tão legal como a de Teresina. Na verdade, é até considerada "ruim". Nossa, os meus professores, coordenadores e (alguns) estudantes da minha época eram maravilhosos! Fiz grandes amigos lá... grandes mesmo, pessoas que sempre fazem bem ao conversar, cumprimentar ou simplesmente saber notícias. Sinto falta.

As matérias desse semestre parecem bem mais legais, porém mais trabalhosas. A carga politico-partidária de extrema esquerda puquiana pareceu dar uma trégua e nos deixar respirar em meio a tanta hipocrisia. No mais, tudo continua igual. As pessoas, as manias, as chatices. O prédio da FAFICLA tá em processo de demolição desde sempre e confesso minha total descrença na agilidade dessa obra. Meus netos vão se formar lá e o prédio vai estar de pé, cheio de entulhos. Burocracias puquianas...

Continuo com as saudades de sempre: amigos, família, namorado, rugby. Ultimamente, também tenho tido saudade da escola. Com a cabeça ocupada, tenho tido menos sofrimento do tipo do que antes. Bendito estágio! Só me trouxe coisas boas... exceto a falta de tempo.

A autoescola terminou, falta só fazer a prova. Quiseram me enrolar de tudo o que é jeito e estou analisando se coloco ou não na justiça por danos morais. Realmente, eu tenho pelo menos três motivos para fazê-lo, mas tô calculando o desgaste físico e mental de toda essa bagaça. Nunca fiz isso antes, mas imagino que seja chato ficar indo ver cara de gente malandra na frente de um juiz.

Nher, deixa eu voltar aos estudos e minha barra de chocolate ao leite. Au revoir!

domingo, 8 de janeiro de 2012

Considerações iniciais sobre 2012

A primeira semana de 2012 foi deveras chata. Muito estresse, cansaço, tristeza trazida do ano que passou. Passei o réveillon do pior jeito possível, mas foi bom pra ficar matutando até descobrir o que é melhor pra mim. Fiquei explosiva nos primeiros dias, e é totalmente compreensível., pelo menos pra mim. Peço desculpas se gritei com alguém durante esses dias.

Mas dia 2 de janeiro, um dia que parecia ser o primeiro de muitos chatos que estariam por vir, foi salvo pela minha família. Recebi a notícia que vou ser titia e quase não paro de pular. Que felicidade! Na hora, passa um turbilhão de ideias: tô ficando velha, vou poder mimar um cabecinha de sangue, quero ser madrinha, qual vai ser o nome, é menino, é menina...! Fiquei zonza e com as pernas doendo, mas salvou meu dia. E espero salvar minha vida.

Criança é sempre bom... traz felicidade. Uma das coisas que mais lamento é não ver minha prima Catarina crescer de perto. Às vezes a vejo pela webcam, mas não é a mesma coisa. E meu sobrinho(a)? Quero ficar grudada nele(a)! Pena que não vai ser possível por um tempo. :(

De qualquer forma, não vou pensar nisso por enquanto. Tô feliz demais por estar estagiando, aprendendo e fazendo novos amigos. Tô até começando a achar que existe amor em SP. hahahahha

Top 10 melhores coisas de 2011:
1- Fui ao show do The Strokes
2- Fiz muitos amigos!
3- Comecei a namorar
4- Comecei a estagiar
5- Viajei bastante
6- Comecei a realizar meus sonhos de consumo
7- Resolvi tirar a carteira (em andamento hahaha)
8- Fui ao Rio de Janeiro
9- Minha família está com saúde
10- Tive festas maravilhosas com meus amigos






















Não está na ordem de preferência!

Um beijo! :*

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Um brinde à vida adulta!


Casa dos 20. Achei que nunca ia chegar e de repente sou surpreendida pela vida adulta. Sempre fui muito precoce, sempre achei que sabia mais que as meninas bobas da minha idade. Aí chega eu, em São Paulo, com todo o conhecimento de uma "metrópole" como Teresina e me deparo com São Paulo. Tudo reluz uma luz cinza, com uma névoa na frente. Tudo fica turvo, nada me vem à cabeça. Eu tinha apenas 18. Ceguei.
Me desesperei. Passou, e a cidade começou a ficar colorida. Tudo era novo, tudo era lindo e perigosamente interessante. Tudo à mão, ainda que o esforço para pegar qualquer coisa simples era maior que qualquer outro já feito. Para pegar o que se quer, a outra mão tem que abrir, soltar o que se tem apego para agarrar o desejo com as duas mãos. Cravar as unhas, os dentes, a alma.
Vim entender realmente o que é isso nesse ano. Marcou totalmente minha passagem para a vida adulta. Que ano difícil! Tive que abrir mão das coisas que eu julgava mais importante para aprender na dor. Ao contrário do ano passado, São Paulo mostrou seu lado sombrio atrás do arco-íris belíssimo de quando eu cheguei. Os ataques vinham de todos os lugares, inclusive dos mais improváveis. Amigos, estranhos, família e, pior, de mim mesma. Eu me sabotei esse ano. Mas acho que era só eu sendo cruel com a adolescência que estava se despedindo de mim.
Cada dia vejo a mulher que me tornei. Tenho me treinado bem para suportar os pesos desta nova fase. Continuam pesados, claro, mas estou mais esperta e procurado estar atenta para os próximos passos. Se depender de mim, o ano que vem vai ser mais doce, leve, útil, afável.
Tenho que arcar com as consequências dos meus pedidos. Eu pedi para estar aqui. Está sendo tudo tão bom, com um sabor diferente de vida. Às vezes amargo, às vezes doce. O ponto é a gente que dá.
Resumindo esse ano em uma palavra, "aprendizado" é a que melhor se encaixa. Mais que aulas da faculdade, tenho tido aulas na vida. Os professores são chatos, os colegas muitas vezes são terríveis, mas o resultado, como sempre, depende de mim, não é mesmo?
Essa sou eu, Teresa Raquel Bastos, leonina, estudante de jornalismo, estagiária de comunicação da SPTuris, piauiense persistente, corajosa e cabeça dura, mas com um bom coração. E um brinde com um doce sabor de crescimento! Cheers!


P.s.: essa foto achei no meu arquivo de fotos de 2007, que considero o melhor da minha vida. Tanto na época, quanto hoje, não fumo. A foto foi de uma tarde com amigos no Iate... o cigarro era de um de nossos amigos.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Segunda chance

São Paulo tá conseguindo me cativar de novo... parece que a maré de ódio passou. Até quando não sei, mas tá passando e tá sendo muito bom.

Como sempre deixei claro, o problema de SP é o monte de gente que tem aqui. Boa parte cheia de defeitos. Mas sempre me disseram que eu tava procurando no lugar errado. É, a PUC tem gente que não tem nada a ver comigo, que me faz sentir a pessoa mais sozinha do mundo. Fiz poucos amigos lá (outras pessoas também pensam como eu em relação a essa faculdade). Sofri muito, especialmente durante esse segundo semestre, quando saí do meu grupo antigo de trabalho e tive que tentar forçar a amizade com gente que eu falo muito pouco. Achei que seria melhor pra mim, mas agora vejo que não compensou o sofrimento...
Não vou ficar falando de coisa ruim porque hoje a notícia é boa: realmente, as coisas melhoram quando você trabalha. Sempre me disseram isso e eu achava que era mentira, pois eu generalizava toda a sociedade paulistana (exceto os com parentes nordestinos) como idiota, salvas algumas pouquíssimas exceções.

Porém, desde quinta essa ideia tá indo pro ralo. Claro, a PUC continua cheia de gente ridícula, mas Sampa tem gente legal. Sério. Finalmente achei! No meu estágio, estou conhecendo pessoas realmente legais, sem segundas intenções, ou jogo de interesses. São meus companheiros de trabalho, mas não há competição, rixa. Cada um ajudando o outro, conversando, trocando ideias e guloseimas... eu nem sabia que isso era produzido em SP, só pensava que era "importado" de outros estados. Estou fazendo amigos!

Somado a isso está a agitada vida cultural daqui que agora tenho mais contato que antes: escrevo para o www.cidadedesaopaulo.com e lá falo sobre cultura e lazer, além de outras notícias interessantes. Tudo isso já me fascinava, e agora tenho mais orgulho de morar aqui por estar em contato direto com isso.

Também tinha falado aqui das minhas dúvidas em relação ao curso, se era o que eu realmente queria... estou caminhando para a certeza de que fiz uma boa troca acadêmica/trabalhista deixando o Piauí. Sempre reafirmo meu amor ao meu estado, contudo não posso negar os benefícios que São Paulo me proporciona.

Finalmente, em quase dois anos como moradora da capital mais louca da América Latina, não estou me arrependendo em dar (mais) uma segunda chance para Sampa me conquistar.