segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sou vidente?

Eu às vezes me surpreendo. Pressinto a merda vindo. Eu num falei aqui que minha semana ia começar PÉSSIMA? Dito e feito: meia hora depois do post ser finalizado, começo a ter muita vontade de fazer xixi e ardência ao fazê-lo. Depois, começa a sair sangue. E dor. OH FUCK
A dor é exatamente onde essa modelo tá pegando
Fui dormir cheia de caraminhola na cabeça, pensando o que poderia ser. O Dr. Google me deu um diagnóstico: infecção urinária. FUUUU! Mas, como eu já ia no médico no outro dia (desde a semana passada com dores na lombar), fui tentar relaxar e não me preocupar por antecipação.
No outro dia, o sangramento só aumentava, o que me deixou desesperada e fui logo cedo no hospital, ao contrário dos meus planos, que eram ir pra aula e só depois me consultar. Peguei ônibus nessa manhã fria, morrendo de dor, de medo, de solidão. Mas fui, sem contar pra minha mãe para não preocupá-la, afinal, ela está longe de mim e pouco poderia fazer.
O hospital é público, já que meu plano de saúde só vale em Teresina. É onde meu irmão faz residência médica, mas o mesmo está em Teresina fazendo um estágio que conseguiu transferir. Como uma cidadã "comum", enfrentei a fila (aliás, eu que fiz a fila pois não tinha ninguém na minha frente), fiz a ficha e fiquei esperando o médico do pronto-socorro aparecer. Meu celular descarregado e eu tentando entrar em contato com alguém, procurando uma tomada para plugar e NADA. Eu estava realmente sozinha.
A médica chega e me chama. Explico direitinho e ela me passa exame de urina, para fazer lá mesmo e o resultado sairia mais tarde. A suspeita era mesmo infecção. Fui lá, peguei o potinho e tal. Mijo lá dentro e o que acontece???? O copinho racha e vaza meu xixi em gotinhas. Vou lá pedir pra trocar e quando volto, o banheiro tinha sido fechado!!!!! Ou seja, onde diabos eu ia transferir o líquido??? Fiz ali mesmo, no meio do corredor. Entreguei, morrendo de medo, já que a cor que aparentava era de gasolina, por causa de todo o sangue. Muito TENSO! Fui pra aula, em jejum, já que tinha saído de casa sem comer, caso eu precisasse fazer exame de sangue, né?
Ótimo. Indo pra aula, dentro do metrô lotado, sem lugar para sentar, começo a passar mal. Primeiro, a tontura, depois o corpo ficando gelado e por último a vontade de vomitar, que me fez desembarcar na estação Brigadeiro para pedir ajuda. A hipoglicemia quase me fez vomitar no meio do corredor, mas consegui me conter. Procurei o agente metroviário mais perto e quase vomito nele. Me coloco pra sentar e fui voltando a cor. Passado o enjoo e a palidez, fui conversando com ele sobre o metrô e tal. Foi até interessante, mas isso conto em outro post talvez. Recuperadinha, fui na lanchonete que tem na própria estação, que foi um golpe de sorte, já que desci não por ter um lugar pra comer, e sim porque eu ia baldear em todo mundo! Fui lá, tomei um capuccino (que era muito forte :S e não adoçava nem com o açucareiro todo!!!) e dois pães de queijo e, de sobremesa, um Yakult. Fui tão bem tratada... todas as atendentes fizeram de tudo para certificar de que eu estava bem e tal... E fiquei com vontade de chorar. É assim que me sinto toda vez que encontro pessoas amigáveis em SP, sério! Eu acho uma coisa tão rara.... mas me contive e fui pegar ônibus para a facu.
Cheguei no fim da aula e expliquei ao professor e, aí sim, não consegui segurar o choro. Não pela dor mais, mas pela solidão imensa que bate na gente. É muito ruim ser uma pessoa sozinha. Nunca senti tanta falta dos meus pais, em especial da minha mãe que sempre que eu soltasse um peido mais fedido, já estava vendo se eu estava bem. Queria ela ali, como sempre, cuidando de mim com o maior dos carinhos, o de mãe. É muito ruim você passar mal e não ter nenhuma cara conhecida para pedir ajuda, depender da boa vontade dos outros. Se sentir sozinha... se sentir sozinha se sentindo mal! Pior sensação.
Consegui abstrair conversando com meus colegas de classe e prestando atenção na aula de economia. A minha sorte é que eu tenho uma capacidade maravilhosa de ser (ou tentar ser) bem humorada até em momentos difíceis, pois odeio que me vejam triste. Consegui parar de pensar besteira e me concentrar no que realmente importa.
Fui pro hospital, nem almocei (até agora) e peguei meu resultado. Como visto ocularmente, tinha bastante sangue no meu xixi. Apareceu na urina meus leucócitos, hemoglobinas, células, proteínas... voltei ao pronto-socorro para pedir encaminhamento já com outro médico, um senhor de bastante idade, meio ríspido, com jeito de quem queria se livrar de mim o mais rápido possível. Ao contrário do diagnóstico da primeira médica que me atendeu pela manhã, não era infecção, e sim cólica renal causada por pedras nos rins. SIM, ESSA COISA QUE EU SÓ ACHAVA QUE DAVA EM VELHO APARECEU EM MIM! Cacilds! Mas a merda maior não foi essa, foi que eu tive que tomar SORO na VEIA com Buscopan e Plasil. Isso seria besteira se eu não TIVESSE TRAUMA DE AGULHAS! Beleza, fui lá e aí sim, resolvi contar à minha mãe sobre meu probleminha de saúde, já que eu comecei a ser tomada por um pânico PESADO, tive que dividir com alguém. Comecei a chorar feito criança, morrendo de medo da agulha. A imbecil que me furou fez merda e a minha veia chorou. Ah, detalhe, eu tava tomando na mão, já que meu trauma é da veia do meio do braço, sabe? Na parte de dentro do cotovelo. Pois é... minha mão começou a inchar, fazendo uma bola enorme! Aí a mesma enfermeira imbecil veio cortar o soro. Fiquei em pânico mais ainda!!!! Minha mãe passou pra minha cunhada, que é enfermeira, e que coincidentemente estava com eles lá. Ela, tentando me acalmar e me convencer de voltar pro soro, ficou falando horas comigo, enquanto pessoas estranhas vinham me consolar, dizendo pra eu me acalmar, daí vocês imaginam o chororô que eu me encontrava. Putz.... nisso, minha mãe falou pro meu irmão ligar para um residente amigo dele para ir ao meu encontro no hospital. Passaram quase meia hora de drama, choro, vela, fita amarela, a minha cunhada amada Apoena me convenceu a voltar pro soro. Falou com outra enfermeira sem ser a imbecil que tinha me furado, dessa vez eu até soube o seu nome: Fabíola. Elas falaram e ela decidiu pegar uma agulha das que usa em bebês, beeeem fininha, que eu nem ia sofrer muito. Cedi, ela me furou e ficou tudo bem. Uns quinze minutos depois, chegam dois residentes de medicina chamando meu nome. Eu já estava mais calma, já que o soro não tinha dado problema como na outra mão. Me perguntaram tudo, contei a história, mostrei o resultado do exame e decidiram me tirar do soro (ou seja, todo o choro foi em vão, como eu tinha dito já ¬¬) e me levar para exame numa salinha logo em frente. Bateram nas minhas costas, não doeu onde pegaram e me levaram para o raio-x. Como eu estava mais calma, consegui até fazer piadinhas, enquanto por dentro a dor, o desespero, preocupação me corroiam por dentro. Cada vez mais aqueles estranhos se tornavam importantes para mim naquele momento. Nunca tinha os visto, mas já me eram de inteira confiança. Foram tão gentis, prestativos... foram correndo marcar um ultrassom para mim, procurando evitar toda a burocracia que a emergência exigia. No raio-x, nada apareceu, já na ultrassom, confirmou ainda a presença de outra pedra renal. Ou seja, a dor toda ao urinar era eu expelindo uma pedra, que saia rasgando minha uretra como um caco de vidro. "Ô dor JUMENTA!!!". Assim, munida de exames, me medicaram certinho e pude finalmente voltar para casa... OPS, nada disso! Antes, passar nas farmácias do bairro atrás dos remédios.
Tudo ótimo e fácil se não fosse um dos remédios não ser mais fabricado! QUE LEGAL! #not Fiquei rodando em todas as drogarias para nada! Não tinha em nenhuma, claro. Comprei o que tinha e voltei para casa, exausta.
A minha sorte é que eu tive os contatos dentro do hospital. Mas me perguntei E QUEM NÃO TEM? Como fica? Fica que nem eu quase fiquei, sendo medicada de forma errada por um médico velho, furada de qualquer jeito por uma infeliz de uma enfermeira, esperando dias para poder fazer exames? Queria poder fazer algo para que todos fossem tratados da forma que eu fui, mesmo em um hospital público. O hospital Heliópolis é muito bem servido de médicos (acadêmicos ou não), sempre que precisei fui prontamente atendida e tudo mais, exceto dessa vez, da qual tive que usar do meu irmão para aliviar minha angústia (o que me deixa meio mal por ter privilégios que outras pessoas iguais a mim não têm, mas só fiz isso porque realmente precisei!). Mas isso não funciona sempre assim, ainda mais em casos mais graves. E isso me preocupou, pois não experimentei sensação pior que ficar agonizando sem um tratamento humanizado como devia ser para todos.
Mas quero agradecer quem me atendeu bem. Estou melhor agora, apesar de estar SUPER cansada, ainda com dor e cheia de coisa para fazer :( Esse dia de extrema tristeza e intensidade de sentimentos ruins me serviu para várias coisas, entre elas: cuidar mais da saúde, bebendo mais água, dar mais valor à minha família, perceber que mesmo longe eu não estou só, pois tenho minha família nem que seja por telefone e perceber que é muito verdade quando dizem que "É MELHOR SE SOFRER JUNTO DO QUE SER FELIZ SOZINHA"...

Saudade de sempre!

Mais informações sobre cálculo renal, aqui! Leiam e procurem seguir as recomendações para evitar essa dor que é TERRÍVEL, podendo ser comparada com a dor de parir!!! Imagina aí :S

domingo, 22 de maio de 2011

Semana corridíssima!

Ufa! Fim de semana. Não pelo significado de balada, mas sim pelo de descanso! Essa semana foi puxadíssima, e essa tem de tudo pra ser também. Trabalhos pra fazer vão imperar nos próximos dias. Já essa última semana, tive na semana inteira o terceiro congresso internacional de jornalismo cultural da revista Cult. De manhã, de tarde e noite. Mas muito legal, pois deu pra aprender bastante, discutir problemáticas interessantes e, o melhor, fora da sala de aula. Passar uma semana fora do ambiente chato do papo extrema esquerda da PUC zzzzzzzz
O ruim mesmo foi arrumar a casa segunda e travar a coluna!!! Ainda hoje dói, sério! Terrível! E não tive como dar jeito, já que não tenho plano de saúde em SP (sou louca?). Mas isso foi amenizado pelo belo trabalho que fiz: deixei a casa beeeem limpinha pra receber Tia Mara e Tio Samu, que vieram passar uns dias aqui! Foi bem legal, saímos e tal... sempre bom estar com a família, né?
E ontem, finalmente sábado, fui pro show do Jack Johnson! Desde 2006, quando teve o último show, eu era louca pra ir! E DESSA VEZ FUUUUI!!!!  No Natura Nós, festival promovido pela Natura (o que me rendeu um monte de brinde da marca huaeiuaehhauiae) que teve o show da Maria GadúzzzzzzzzzzzzzzZZZzzz, Jamie CullumzzzzzzzzzZZZZ e outras bandinhas menos conhecidas. Fui pelo Jack mesmo! Aquele LINDO! Awnnn!!! O show foi maravilhoso! Tocou todas as músicas que eu queria ouvir... o bad foi só que eu ainda não conheço as músicas do To The Sea, cd novo dele. Mas vou providenciar heheheheh
Aí hoje, tive um dia bom, que terminou ruim. Acho que já é pra me preparar psicologicamente para os dias que virão. Mas fé + força são o double combo que eu pedi. Esperar minha vida dar um freio e me isolar. Quero um lugar calmo, silencioso, puro... Longe de tudo! Esse ainda não tá incluso no combo, é de sobremesa.

Beijos