domingo, 1 de abril de 2012

O mês mais eterno de todos


Nunca tinha atentado para março. Um mês comum, daqueles que têm 31 dias. Às vezes, é Páscoa, outras é apenas o mês que antecede o feriado. É a volta às aulas, e muitas vezes, o começo do ano. Mas em especial, março de 2012 será, eternamente, o pior mês de toda minha vida.

Será lembrado porque foi o que mais demorou a passar... e olha que depois dos meus 15 anos, o tempo parece correr e nem me esperar! Mas março não. Não este... Talvez tenha demorado porque foi pós-Carnaval, após um mês mais curto. Epa! Não devia ter sido mais demorado que os anos anteriores: houve 29 dias no mês. Por causa de um não deveria ter feito tanta diferença.

Então, acho que o marco principal foi a quantidade de angústia para um mês só, apenas tive mais tempo para ficar me sufocando com tantos problemas e coisas para fazer. Alguns não cabe falar nesse blog, que agora meço minhas palavras ao colocar meus pensamentos aqui. Outros, já são velhos conhecidos dos meus dois ou três leitores do Siribolo. São as mesmas feridas que, ao começarem a sarar, os dedos malinas cutucam para tirar a casquinha, achando que já está curado. Jorra sangue das minhas preocupações, e ainda deixam marcas eternas, iguais àquelas que a gente ganha na infância, após teimar a mãe. A diferença é que o teimoso e o benfeitor são uma só pessoa.

Então, se essas feridas são eternas, março será eterno não pela quantidade de angústia ou de tempo disponível para meu deleite byroniano... e sim pelo aprendizado. A Teresa profissional cresceu, abriu o olho, sofreu, mas criou casquinha. Aliás, uma casca bem grossa. E assim vai engrossando uma a uma, após cada patada. A Teresa como pessoa vislumbrou a fase adulta de supetão, de repente, e teve 31 dias para se adaptar ao novo corpo e, pior, aos novos sentimentos. A cabeça expandiu que doeu. E como doeu... Porém hoje, dia primeiro, digo: pode vir abril que estou fortalecida. E não é mentira.

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