terça-feira, 18 de outubro de 2011

"Tenho orgulho de ser sua mãe!"

Essas palavras do título hoje são o que me move. Cada coisa boa que eu faço, é pra matar você de orgulho. E mesmo que eu tente e, por algum motivo não dê certo, é por você que eu tento.
Mãe, quanto tempo a gente demorou pra chegar a esse equilíbrio, hein? Precisei sair da barra da sua saia para, enfim, querer ficar debaixo da sua asa. A saudade é imensa e cada dia penso em voltar pro seu colo, toda manhosa e cheia de lágrimas nos olhos. Até aquela vontade de tomar bananada com farinha láctea na mamadeira volta de vez em quando, sabia?
É, mãe, a vida aqui é difícil, do jeitinho que a senhora falou quando tentou me fazer desistir da ideia de morar em São Paulo. Mas tá vendo como tô me virando bem, mãe? Até aprendi a lavar a louça e limpar o banheiro como nem a minha diarista o faz! Aprendi também a cozinhar que nem a senhora, o que não é um elogio, apenas uma constatação de que herdei seu dom para fazer macarrão e outras comidas de momma italiana.
Mãe, é de você que eu fico com vergonha quando fracasso, ou quando faço algo errado. Os outros podem me apontar o dedo para qualquer atitude minha, mas a única unha que encrava na minha ferida é a da senhora. E dói, e sangra, e não para até a senhora vir me consolar. E dói também quando apontam para senhora e veem meu ponto fraco. Mas a senhora corre pra tirar todas as caraminholas da minha cabeça, reafirmando sempre o seu amor por mim. E tudo parece tão pequeno, né, mãe, diante da grandeza de Deus nas nossas vidas... obrigada por sempre me lembrar disso e fazer eu reafirmar para mim os valores repassados pela senhora ao longo desses meus vinte anos.
Ai, mainha, saudade aumenta todo dia, mas é amenizada por todas as suas mensagens e ligações diárias. Não vejo a hora da senhora chegar aqui no ap, mesmo se negando a trazer paçoca pra mim de Teresina, né, bichinha? Dextá. Sei que vamos brigar como nos velhos tempos, quando a senhora for entrar no meu quarto, reconhecer meu "chiqueiro" e querer botar ordem, tirando assim o meu sossego. Tô até pensando em deixar, sabe? Sinto falta até das agonias da nossa convivência. Até porque, a senhora não muda nunca. Nem me iludo mais com isso.
Mas todo esse texto foi pra te dizer que te amo pelo jeito de Mãe que a senhora tem. É ele que, mesmo de longe, me mantém viva. É o nosso cordão umbilical.

Da sua sempre caçulinha, da sua sempre bubu,

Teresa


:)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Quero minha infância de volta!

Hoje é um dos dias que mais sinto saudade. Não só pelos presentes que eu ganhava, mas pela atenção que recebia dos meus pais, da reunião com todos os primos e nossos presentes que ganhávamos nesse dia, de poder comer besteira.
Além do mais, ser criança era muito mais fácil. Nem a minha calcinha eu precisava vestir sozinha! Mamãe me ajudava em tudo. Mas eu não era feliz. Desconheço crianças que não queriam crescer logo, que queriam ser maiores que seus irmãos para, enfim, conseguirem se defender dos tapas dos mais velhos. Ou que queriam ser do tamanho do Megazord para se livrar dos chatos da escola que faziam bullying com a gente.
Na escola, o bullying comia solto, assim como as notas vermelhas de matemática e ciências, que impediam-nos de ir mais cedo pra praia, porque tinha a maldita recuperação. E que não podia acompanhar a Malhação porque estudava de tarde e não deixavam você ver TV na portaria.
Mas a gente era feliz e não sabia. Velho clichê daqueles que crescem. Ser criança era bom demais! A gente vivia pra brincar e não estava de brincadeira, pois aquela era nossa profissão. Barbie, Power Rangers, pular elástico, mega trunfo, tazzo dos Pokémons, álbum de figurinhas... a gente tinha tudo isso.
Aí hoje, quando eu tento voltar ao tempo, olhando as Barbies na prateleira da loja, sou duramente criticada pelas pessoas que não têm mais criança interior. Eu juro que, se pudesse, me daria Barbies até hoje. E a casa da Barbie que nunca tive? Ainda vou ter. Nem que seja com a desculpa de "dar para minha filha"!








Ainda há esperança para mim, que me sinto criança ainda, apesar de não fazer metade das coisas que eu fazia. Não vou ser mais aquela criança atentada, que tirava o juízo da minha mãe, mas vou ser aquela menina que era ingênua, mas toda esperta, ativa e hiperativa. Que sabia viver e ser feliz, apesar de tudo.
"Há um menino, há um moleque, morando sempre em meu coração... toda vez que o adulto balança,
 ele vem pra me dar a mão..."

Feliz dia das criONÇAS!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ainda vejo cores

Hoje o dia estava essencialmente bonito. Havia cores em tudo que eu via, mesmo tudo tendendo pro cinza. Cansaço, dor e agonia facilmente distraídos por pessoas que nem sempre têm valor reconhecido no meu dia-a-dia. São pessoas que não me amam, mas também não me odeiam. Talvez gostem de mim, pelo pouco que me conhecem. Já é alguma coisa e até agora me basta.
Impressionante como pequenos gestos são enormes em São Paulo: a caixa da lanchonete decorou que eu amo o quiche de tomate seco e guarda pra mim quase todo dia, mesmo quando eu não vou lanchar; o cara do vídeo me ajudou na edição de hoje e consegui deglutir um pepino; o médico do Detran me mostrou a superar a morte com um sorriso escondendo a dor que como ele mesmo disse "é triplamente mais dolorosa".
Daí eu percebo que eu só preciso ocupar minha cabeça com coisas realmente úteis, já que o facebook não me acrescenta nada agora a não ser mais dinheiro na conta do meu The Sims, nem o twitter que só serve pra eu vomitar todas as minhas lamúrias quando na verdade eu deveria simplesmente tomar um remédio pra enjoo. Preciso sair da internet para dar, enfim, um sentido real à minha vida.
Por mais pixels coloridos tenha esta tela na minha frente, o mundo fora dela pode ter mais cores, mesmo nesse monte de concreto ao redor.


"Ygor Marotta lançou Mais AMOR por favor em 2009,projeto qual tem a intenção de incentivar as pessoas no seu cotidiano tão corrido a amar mais e pra isso usa a pixação em muros por toda a cidade de São Paulo."


Amanhã, faz um mês que minha amiga Camila Melo faleceu num acidente de carro muito besta, que tinha tudo para ser evitado. Foi muito difícil entender o que aconteceu, conseguir engolir e não ter indigestão. Graças a ela mesma, estou melhor e conseguindo não ficar triste ao lembrar dela. Ela é LUZ! Muito amor! My best gnomo :* Ninguém morre quando está vivo em nossos corações, já dizia alguém. SHOPPING FRIENDS EVEN AFTER THE END!

domingo, 2 de outubro de 2011

midnite thought


Kinda lost. Who am I? Who did I become? I wanted to improve, not to change.