domingo, 21 de outubro de 2012

"Ah, se eu fosse homem...."

Engraçado como tem horas na vida que a gente tem que usar uma penseira tipo a do Dumbledore (olá, potterheads!) pra resolver nossas pendências pessoais. Isso me aconteceu recentemente e agora estou começando a me recuperar do baque.

Algumas situações a gente tem duas saídas igualmente ruins que devem ser colocadas numa balança imaginária. Qual vai ser menos pior? Qual vai machucar menos a gente? E olha que para uma coisa chegar a esse ponto a gente já tem empurrado com a barriga e com o coração por um bom tempo. Precisa ter um desespero muito grande pra que a gente tenha vontade de sair correndo da gente mesmo e deixar os problemas lá, sair de fininho. Precisa ter uma agonia gigante para deixar o que se ama pra ficar só e jogar fora todo o sentimento junto atrelado.

Aliás, eu queria muito ter feito isso. Saído dessa situação sem machucar ninguém, sem que houvesse qualquer tipo de dor, drama, choro, aperto no peito. Eu toparia sofrer sozinha, isolada, poupando todo mundo. Também devo frisar que estou realmente disposta a me isolar de tudo por um bom tempo. Apaguei facebook, visito cada vez menos o twitter e me agarro às coisas reais com mais força que antes. E tem sido maravilhoso.

E é engraçado o quão cruel está sendo meu coração agora. Ele está internamente brigando com meu cérebro, sofrendo e fazendo sofrer. Minha mente está em paz, com toda a sua certeza de que fez a coisa certa, ao mesmíssimo tempo que o meu peito se aperta e se contorce de dor. Porque, no fim das contas, a decisões sempre são assim: racional versus sentimento. A mente venceu dessa vez.

Isso me lembra a música da minha nova banda preferida, Ultraje a Rigor, que diz "ahh se eu fosse homem de ouvir meu coração e dar vazão não à razão, mas à vontade de mudar a situação e me arriscar, me machucar, mas mandar tudo pro ar...". Foi meio isso que eu fiz. Ouvi a razão, mas mudei a situação que eu tava, me machucando pra caramba, mas achando que fiz o melhor pra mim. Mas isso são cenas dos próximos capítulos do meu drama particular. Boa sorte pra nós!

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